quarta-feira, novembro 30, 2005

A verdade a ver navios



Nenhum de Nós
Jornais


Quantos filhos esperaram a chegada de seus pais
Tantos deles não vieram Não chegaram nunca
A calçada não é casa, não é lar Não é nada
Nada mais do que um caminho que se passa
Tão estranho pra quem fica.. pra quem fica
As palavras no asfalto, nessa vida são tão duras
O carinho não consola mas apenas alivia
A calçada não é cama Não é berço Não é nada
Nada mais nos faz humanos sem afeto
E o medo é um abraço tão distante de quem fica

Onde vai? Nós estamos de passagem
Onde vai? Onde a rua nos abriga
Onde vai? Estamos sempre de partida
Onde vai? Onde a rua nos abriga desse frio

As pessoas que se enrolam nos jornais não são mais notícia
Elas não esperam de um papel de duas cores mais que um pouco de calor
A calçada não é pai Não é mãe Não é nada
Nada mais do que um abrigo, um refúgio
Tão estranho pra quem passa.. Pra quem passa


Sobre os Navios

é muito engraçado
que todos tenham os mesmos sonhos
e que o sonho nunca vire realidade

é muito engraçado
que estejam do mesmo lado
os que querem iluminar
e os que querem iludir

segunda-feira, novembro 28, 2005

Astronauta de Mármore




Pegadas na Lua
(Samuel Rosa - Humberto Effe)

A parte que me cabe / Nesse peito seu /Novamente vai se lembrar / Sua boca era silêncio / A terra queria girar
A parte que me cabe / No teu sonho ateu / Novamente quer acreditar / Em universos infinitos / Sem nenhuma luz pra te cegar
A parte que me cabe / Nesse peito seu / Novamente vai respirar / Em lugares abafados / Onde ninguém vai passar
A parte que me cabe / Nesse espelho seu / Novamente vai desejar / O que parece inatingível / Mas faz o mundo melhorar
Eu sou uma força / Jorrando palavras / Pelos canos de vitrines e ruas / Por onde você vai trafegar /
Eu sou essa força / Abrindo suas gavetas / Tirando palavras que podem / Até te contar / Eu tenho uma força / Que deixa pegadas na lua
Na esquina por onde / Você também vai levitar

terça-feira, novembro 22, 2005

Quem Tem Pressa Não Se Interessa













pose
(gessinger)

vamos passear depois do tiroteio
vamos dançar num cemitério de automóveis
colher as flores que nascerem no asfalto
vamos todo mundo... tudo que se possa imaginar

vamos duvidar de tudo que é certo
vamos namorar à luz do pólo petroquímico
voltar pra casa num navio fantasma
vamos todo mundo... ninguém pode faltar


se faltar calor, a gente esquenta
se ficar pequeno, a gente aumenta
se não for possível, a gente tenta
vamos ficar acima, velejar no mar de lama
se faltar o vento, a gente inventa
vamos esquecer o dia da semana
tem que ser agora:

vamos remar contra a corrente
desafinar do coro dos contentes
se for impossível, se não for importante
mesmo assim a gente tenta


não é pose
não é positivismo
quanto pior, pior
não é pose
! no pasarán !
não passaremos por isso

tô fora voodoo, ranço, baixo astral
não vou perder meu tempo brincando de ser mau
não vou viver pra sempre nem morrer a toda hora
como rasgos pré-fabricados num novo-velho blue-jeans

morte anunciada, direitos autorais
pela tv a cabo uma baleia acaba de nascer
nascer pode ser uma passagem violenta
o futuro se impõe, o passado não se aguenta

meninos de engenho, santa ingenuidade
santíssima trindade: sexo, drogas & rock'n'roll

é pura pose
...pois é...
pós-qualquer coisa
...o pior não é isso...
é pura pose
...é dose...
posteridade
...e o pior não é isso...

domingo, novembro 20, 2005

Stoned




Tempos Modernos
Lulu Santos

Eu vejo a vida melhor no futuro
Eu vejo isto por cima do muro
De hipocrisia
Que insiste em nos rodear
Eu vejo a vida mais farta e clara
Repleta de toda satisfação
Que se tem direito
Do firmamento ao chão
Eu quero crer no amor numa boa
Que isto valha pra qualquer pessoa
Que realizar
A força que tem uma paixão
Eu vejo um novo começo de era
De gente fina, elegante e sincera
Com habilidade
De dizer mais sim do que não
Hoje o tempo voa, amor
Escorre pelas mãos
Mesmo sem se sentir
E não há tempo que volte, amor
Vamos viver tudo o que há pra viver
Vamos nos permitir

terça-feira, novembro 15, 2005

Mapas do Acaso



Ontem eu fui pra cidade dos diamantes.. (Poxcity)
Eu tava indo pra lá e vi um acidente de carro..
Tomara que não tenha acontecido nada grave com as pessoas..
Então aí ta uma fotinha do pôr-do-sol! (160km/h)

sei não
(gessinger)

não sei qual foi a causa e quais serão as consequências

(a borboleta bate as asas e o vento vira violência)

não sei a soma exata, só a ordem de grandeza
não sermos literais às vezes faz nossa beleza


às vezes faz nossa cabeça
um par de olhos, um pôr de sol
às vezes faz a diferença

tentei ficar na minha
tentei ficar contigo
o que há de mais moderno
ainda é um sonho muito antigo


tentei ser teu futuro
tentei ser teu amigo
o que há de mais seguro também corre perigo


não sei a quantas anda, é da nossa natureza
não saber o que fazer às vezes faz nossa certeza

segunda-feira, novembro 14, 2005

Luz dos Olhos




Nunca Mais

não é o que se pode chamar de uma história original
mas não importa: é a vida real
acordar de madrugada vindo de outro planeta
sentir-se só
uma criança num berço de ouro
e a ferrugem ao seu redor
os muros da cidade falavam alto demais
coisas que ela não podia mudar nem suportar
ela quis voltar para casa
cansou da violência que ninguém mais via
viu milhões de fotografias e achou todas iguais
conta pra mim o que te fez chorar
nunca mais quero te ver chorar
conta pra mim o que te fez chorar
nunca mais quero te ver chorar
nunca mais

ofereci abrigo, um lugar para ficar
ela me olhou como se soubesse desde o início
que eu também não era dali
e quando sorriu ficou ainda mais bonita
tinha a força de quem sabe
que a hora certa vai chegar
lágrimas no sorriso

mãe e filha, chuva e sol
segredos que não podia guardar
e não conseguia contar
conta pra mim o que te fez chorar
nunca mais quero te ver chorar
nunca mais


ainda ando pelas mesmas ruas
a cidade cresce e tudo fica cada vez menor
agora eu sei que a vida não é um jogo
de palavras cruzadas
onde tudo se encaixa
?o que será que ela quis dizer?
5 letras, começando com a letra "A"

O Nome Dessa Rua..




Cássia Eller
O Segundo Sol


Quando o segundo sol chegar
Para realinhar as órbitas dos planetas
Derrubando com assombro exemplar

O que os astrônomos diriam se tratar
De um outro cometa


Não digo que não me surpreendi
Antes que eu visse, você disse
E eu não pude acreditar

Mas você pode ter certeza
Que seu telefone irá tocar
Em sua nova casa
Que abriga agora a trilha
Incluída nessa minha conversão


Eu só queria te contar
Que eu fui lá fora e vi dois
sóis num dia
E a vida que ardia
Sem explicação

Explicação, não tem explicação
Explicação, sem explicação
Explicação, não tem
Não tem explicação

sábado, novembro 12, 2005

Datas & Nomes
















ritos de passagem
(gessinger/galvão)

medo de voltar pra casa
medo de sair de casa
e encontrar tudo no mesmo lugar
medo de abrir os olhos
medo de fechar os olhos
e enxergar o que não quer nem imaginar

? quanto tempo faz ? uma semana atrás ?
no topo do mundo, na crista da onda
numa euforia de se estranhar
! pouco tempo faz ! uma semana atrás !
no topo do mundo, na crista da onda
um mergulho em busca de ar

tudo mudou, ela acordou
estava onde nunca quis estar


livre para ir e vir
para ficar onde está
outro modo de ver a queda
livre como sempre quis
livre como nunca imaginou
outro modo de ver o muro desabar

tudo mudou, ela acordou
estava onde nunca quis estar
ela mudou, tudo acabou
ela está pronta pra recomeçar

sexta-feira, novembro 11, 2005

I Hate Everything About You




freud flintstone
(gessinger)

querem sangue...querem lama
querem à força o beijo na lona (e querem ao vivo)
querem a lágrima doída do ídolo
caindo em câmera lenta
querem lutar pelo que amam
conquistar e destruir o que amavam tanto
faça uma prece pra freud flintstone
acenda uma vela pra freud flintstone
sacrifique o bom-senso no seu altar

(na areia da arena
sai de cena por decreto a flor do deserto)

gran finale: última cena:
no ar pelas antenas a morte do toureiro


faça uma prece pra freud flintstone
acenda uma vela pra freud flintstone
sacrifique o bom-senso no seu altar

esqueça a prece pra freud flintstone
acenda a fogueira pra freud flintstone
vamos queimá-lo vivo, enterrá-lo vivo

o preço é uma prece...pague pra ver
compre o ingresso...
adeus pink freud flintstone
fama fogo fúria fé fã-clube freud flintstone
que o satélite lhe seja leve




"A vida nada é permanente, e somos tolos quando pedimos que algo dure eternamente mas certamente somos mais tolos quando não desfrutamos enquanto durou"

"Here I am again talking to myself
sitting at a red light, both hands on the wheel.."

"So I'm ready to attack.."

"Maybe I don't fit in
but I always win"

"Eu sei, mas não te conto"

I really Crazy! Not premeditated..
Yes Trust-me.. Dee Jay
Quem é clone de quem?

Tudo Acaba em um Refrão de Bolero..
Era um ínicio de um precipício..

quarta-feira, novembro 09, 2005

Duas pessoas são duas verdades; E, na verdade, são dois mundos



rota de colisão
(gessinger/fonseca)

as fases da lua
a crise dos mercados
o movimento das marés
a hora da verdade
a idade da razão
a diferença do que se pensa e o que se faz
isso nos coloca em rota de colisão
nós estamos em rota de colisão

'ao encontro de', 'de encontro a'
...seja o que for...


o bom português não vai nos salvar
o lado escuro da lua
as luzes da cidade
a diferença do que se pensa e o que se faz


...seja o que for...
isso tudo nos coloca em rota de colisão

terça-feira, novembro 08, 2005

Todo mundo está revendo o que nunca foi visto..




"déjà vu": A estranha sensação de já ter visto ou vivido algo que, com certeza, está acontecendo pela primeira vez. (Nunca Aconteceu)
Não há nada de estranho em não lembrar de um livro que eu já li ou de um filme a que eu assisti; estranho (e aqui entramos no déjà vu) é eu sentir que a cena que me parece familiar não deveria sê-lo.
Tenho a sensação esquisita de estar revivendo alguma experiência passada, sabendo que é materialmente impossível que ela tenha algum dia ocorrido.
Parece que o deslizamento semântico da expressão ainda não estabilizou: já há quem use a expressão para designar simplesmente uma situação que está acontecendo pela segunda vez: "Eu não fiquei embaraçado com a cena, porque para mim ela já era um déjà vu".

No filme Matrix, Keanu Reeves vê, com um intervalo mínimo, um gato passar duas vezes por uma porta, e descreve o fato como um "déjà vu" - aqui num emprego ainda mais distante do primitivo, pois designa o fato de ele realmente ter visto uma coisa acontecer duas vezes.
Com essa atual indefinição de significados, recomendo cercar de todas as cautelas possíveis o uso desta expressão, pois nada me assegura os leitores vão entendê-la da mesma forma que eu.
Fonte: Terra Networks, S.A

Análise: Eu já revi varias vezes esses fatos, às vezes pode ser algum distúrbio (bug) "psyco"lógico, ou cerebral mesmo, mas vai entender os mistérios desse mundo profano, na minha opinião isso é uma "prova" que Deus nos mostra que estamos no caminho certo.
Não esqueça, siga o sexto sentido!

Listen -> Engenheiros do Hawaii - Filmes de guerra, canções de amor\12. Realidade virtual

segunda-feira, novembro 07, 2005

O Coração Sempre Arrasa a Razão



























Primeiro o Karma, depois o DNA

surfando karmas & dna
(gessinger)

?quantas vezes eu estive cara à cara com a pior metade?
a lembrança no espelho, a esperança na outra margem
?quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade?
na falta de algo melhor nunca me faltou coragem
se eu soubesse antes o que sei agora
erraria tudo exatamente igual

tenho vivido um dia por semana
acaba a grana, mês ainda têm
sem passado nem futuro
eu vivo um dia de cada vez
?quantas vezes eu estive cara à cara com a pior metade?
?quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade?
se eu soubesse antes o que sei agora
iria embora antes do final

surfando karmas e DNA
não quero ter o que eu não tenho
não tenho medo de errar
surfando karmas e DNA
não quero ser o que eu não sou

eu não sou maior que o mar
?quantas vezes a gente sobrevive à hora da verdade?
na falta do que fazer inventei a minha liberdade